Um estudo recente investigou o impacto do nascimento prematuro moderado a tardio (entre 32 e 36 semanas de gestação) nas funções executivas de crianças em idade escolar, comparando-as com crianças nascidas a termo (após 37 semanas). As funções executivas, que incluem o controle da atenção, a flexibilidade cognitiva e o estabelecimento de objetivos, são cruciais para o sucesso acadêmico e social.
A pesquisa, realizada com mais de 400 crianças na Austrália, revelou que aquelas nascidas prematuras apresentaram dificuldades significativamente maiores no domínio do estabelecimento de objetivos e na flexibilidade cognitiva. Especificamente, as crianças prematuras demonstraram maior dificuldade em definir metas alcançáveis e em adaptar seu pensamento e comportamento a novas situações. Além disso, o estudo indicou um risco aumentado de disfunção executiva comportamental nesses indivíduos.
Essas descobertas são importantes, pois destacam a necessidade de monitorar e apoiar o desenvolvimento das funções executivas em crianças nascidas prematuras. Intervenções precoces focadas no desenvolvimento de habilidades de estabelecimento de objetivos e flexibilidade cognitiva podem ajudar a mitigar os desafios que essas crianças podem enfrentar na escola e na vida social. É crucial que pais e educadores estejam cientes desses potenciais desafios e busquem recursos e apoio adequados para garantir que essas crianças tenham as mesmas oportunidades de sucesso que seus colegas nascidos a termo. A identificação precoce e o suporte adequado podem fazer uma grande diferença no futuro dessas crianças, ajudando-as a alcançar seu pleno potencial.
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