Saúde Desvendada

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A atenção à qualidade de vida de pessoas com autismo tem crescido tanto na pesquisa sobre autismo quanto na gerontológica. No entanto, o impacto de receber um diagnóstico de autismo na terceira idade ainda carece de estudos aprofundados. Essa lacuna é particularmente relevante, visto que muitos idosos no espectro autista viveram a maior parte de suas vidas sem o conhecimento de sua condição.

Um estudo recente, baseado em pesquisas anteriores, experiências pessoais e profissionais combinadas e relatos de dezoito idosos diagnosticados tardiamente (entre 60 e 77 anos, sendo 50% mulheres), argumenta que um diagnóstico tardio de autismo exige uma reconsideração fundamental do envelhecimento, da identidade, das relações pessoais e do suporte adequado. As intervenções eficazes devem ser adaptadas às necessidades e pontos fortes específicos dessa população, garantindo que os idosos com diagnóstico tardio de autismo recebam o reconhecimento, a compreensão e as ferramentas necessárias para enfrentar suas vidas com confiança e autoconsciência.

Os resultados da pesquisa destacam a necessidade de uma mudança conceitual na forma como a gerontologia entende e aborda o autismo em idosos. Além disso, as narrativas dos idosos contribuíram para a (co)criação de uma ferramenta de conversação projetada para ajudar idosos com autismo a articular limites e aspirações pessoais. Ao promover a compreensão e o diálogo, esta iniciativa se estende além da transformação individual para promover uma conscientização e apoio social mais amplos. É crucial que profissionais de saúde e cuidadores estejam atentos aos sinais e sintomas do autismo em idosos, e que ofereçam suporte adaptado para promover o bem-estar e a inclusão dessa população.

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