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Um estudo populacional recente investigou a prevalência e os fatores de risco associados à esteatohepatite não alcoólica (NASH) em pacientes com artrite reumatoide (AR) que utilizam hidroxicloroquina (HCQ). A pesquisa analisou dados de 619.350 pacientes adultos com diagnóstico de AR, provenientes de um banco de dados multicêntrico de mais de 360 hospitais nos EUA, no período de 1999 a setembro de 2022. Foram excluídas as pacientes grávidas. A análise utilizou regressão multivariada para avaliar o risco de NASH, considerando fatores como histórico de tabagismo, sexo masculino, dislipidemia, hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e uso de HCQ.
Os resultados mostraram uma maior prevalência de NASH em pacientes com histórico de tabagismo, dislipidemia, hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e uso de HCQ. A análise de regressão multivariada identificou um risco aumentado de NASH em fumantes, homens, indivíduos com dislipidemia, hipertensão, diabetes mellitus tipo 2 e obesidade, além de um aumento significativo nas chances de desenvolver NASH em pacientes que utilizavam hidroxicloroquina. Concluiu-se que pacientes com AR em tratamento com HCQ apresentam maior prevalência e probabilidade de desenvolver NASH, mesmo após ajuste para fatores de confusão comuns. Isso sugere que a HCQ pode desempenhar um papel no desenvolvimento de esteatose e fibrose hepática. Os autores recomendam que os médicos considerem essa associação para prevenir doenças hepáticas avançadas e que pesquisas futuras se concentrem no aprimoramento da detecção precoce e na melhoria dos resultados para os pacientes.
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