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Um estudo recente investigou o chamado ‘efeito febril’ em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), um fenômeno onde alguns indivíduos apresentam melhorias comportamentais notáveis durante episódios de febre. A pesquisa, realizada na China, buscou entender a prevalência e as características desse efeito, que intrigam pais e pesquisadores.

Os resultados indicaram que aproximadamente 16,56% das crianças com TEA demonstraram melhoras comportamentais durante a febre, de acordo com relatos dos pais. Essas melhoras incluíram a redução de comportamentos problemáticos, o aumento das habilidades cognitivas ou de aprendizado, o aumento da interação social e a diminuição de comportamentos estereotipados. É importante ressaltar que a duração desse efeito variou consideravelmente entre os participantes, sendo que em alguns casos as melhoras foram temporárias, enquanto em outros persistiram mesmo após o desaparecimento da febre.

Curiosamente, a pesquisa também apontou que as crianças que apresentaram melhoras sustentadas após a febre tendiam a ter déficits sociais mais severos. Essa observação sugere que o efeito febril pode estar relacionado a mecanismos neurológicos complexos e que merecem investigação mais aprofundada. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para elucidar os mecanismos subjacentes a esse fenômeno e explorar seu potencial terapêutico no tratamento do TEA. A compreensão do efeito febril pode abrir novas perspectivas para intervenções personalizadas e mais eficazes para indivíduos com autismo.

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