Fraturas Pertrocantéricas: Desafios e Tratamentos na Terceira Idade
As fraturas pertrocantéricas do fêmur representam um desafio significativo para a saúde pública, afetando principalmente a população idosa. Elas correspondem a aproximadamente metade de todas as fraturas relacionadas ao quadril, impactando drasticamente a mobilidade, a qualidade de vida e elevando o risco de mortalidade no primeiro ano após a lesão. O aumento na incidência dessas fraturas está intrinsecamente ligado às mudanças demográficas, com o envelhecimento da população global.
Essas fraturas, frequentemente classificadas como fraturas por fragilidade, são geralmente resultado de traumas de baixa energia, como quedas simples. A osteoporose, condição caracterizada pela diminuição da densidade óssea, desempenha um papel crucial, facilitando a ocorrência dessas lesões. A projeção global é alarmante, com a expectativa de que a incidência de fraturas proximais do fêmur quadruplique, passando de 1,7 milhão de casos por ano em 1990 para 6,3 milhões em 2050.
A distribuição por gênero e idade nas fraturas pertrocantéricas revela que a maioria dos pacientes são mulheres (69%) com mais de 70 anos (87%). O tratamento dessas fraturas exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo não apenas a intervenção cirúrgica, mas também cuidados geriátricos abrangentes. A reabilitação precoce e individualizada é fundamental para restaurar a funcionalidade e minimizar as complicações, visando a recuperação da independência e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes idosos. A atenção à saúde óssea, com medidas preventivas contra a osteoporose, também se mostra essencial para reduzir o risco de novas fraturas.
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