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A estimulação da medula espinhal (EME) tem se mostrado uma abordagem promissora no tratamento de diversas condições de dor crônica. Nos últimos anos, vários modelos de EME surgiram, cada um com suas próprias características e potenciais benefícios. No entanto, a compreensão dos mecanismos neurofisiológicos subjacentes a esses modelos ainda está em desenvolvimento, especialmente no que tange à influência da frequência da estimulação.

Um estudo recente investigou as diferenças entre dois modelos de EME de baixa frequência, utilizando 40Hz e 90Hz em ratos anestesiados. Os pesquisadores implantaram eletrodos sob a vértebra T1 dos animais e registraram os potenciais de ação antidrômicos nas colunas dorsais em T13/L1. A fidelidade e a amplitude dos picos foram avaliadas durante 60 segundos de EME, utilizando formas de onda de carga balanceada ativas e passivas. Os resultados revelaram que a estimulação a 90Hz, tanto com carga balanceada ativa quanto passiva, levou a uma diminuição significativa na fidelidade e na amplitude dos picos ao longo do tempo. Surpreendentemente, a estimulação a 40Hz com carga balanceada ativa não apresentou essa mesma tendência.

Essas descobertas sugerem que a frequência da estimulação da medula espinhal pode ter um impacto significativo na resposta neuronal. A diminuição da fidelidade e da amplitude dos picos observada com a estimulação a 90Hz pode indicar uma fadiga neuronal ou uma adaptação ao estímulo, o que poderia comprometer a eficácia do tratamento a longo prazo. A diferença observada entre as frequências de 40Hz e 90Hz destaca a importância de considerar cuidadosamente os parâmetros de estimulação ao projetar protocolos de EME para garantir a eficácia ideal e minimizar o risco de efeitos adversos. Essa pesquisa contribui para um melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na EME, abrindo caminho para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas para o alívio da dor crônica.

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