Fadiga Mental: Como Identificar e Entender a Suscetibilidade Individual
A fadiga mental, caracterizada por um declínio no desempenho cognitivo após períodos prolongados de atividade, afeta indivíduos de maneiras distintas. Um estudo recente publicado na NeuroImage investigou as diferenças individuais na suscetibilidade à fadiga mental e como isso influencia a reorganização das redes cerebrais. A pesquisa buscou identificar características que tornam algumas pessoas mais propensas a experimentar a fadiga em comparação com outras.
O estudo envolveu a coleta de dados comportamentais e sinais de eletroencefalograma (EEG) de 95 participantes durante a realização de uma tarefa de vigilância psicomotora (PVT) de 20 minutos. Com base em um índice composto (Findex), os participantes foram divididos em dois grupos: aqueles com alta suscetibilidade à fadiga (FS) e aqueles resistentes à fadiga (FR). A análise revelou que o grupo FS apresentou um declínio significativo no desempenho ao longo do tempo, enquanto o grupo FR manteve um desempenho relativamente estável.
As análises de conectividade funcional do cérebro revelaram que ambos os grupos exibiram reorganizações dependentes da frequência, mas o grupo FR demonstrou maior estabilidade e integridade em suas redes neurais em comparação com o grupo FS. Além disso, análises de classificação mostraram uma precisão notável de 95,61% na identificação de indivíduos suscetíveis à fadiga, com uma distribuição centro-parietal proeminente de características nodais contribuintes. Esses resultados destacam a importância de considerar as diferenças individuais na suscetibilidade à fadiga e oferecem uma abordagem prática para identificar aqueles cujo desempenho é particularmente vulnerável ao declínio. A identificação precoce de indivíduos com alta suscetibilidade pode auxiliar na implementação de estratégias preventivas e de manejo da fadiga, promovendo um melhor desempenho e bem-estar.
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