Biomarcadores no Sangue: Uma Janela para o Alzheimer e Declínio Cognitivo em Idosos
A busca por formas de prever e entender o desenvolvimento de demências, como o Alzheimer, tem levado a importantes descobertas sobre biomarcadores presentes no plasma sanguíneo. Um estudo recente, realizado em larga escala com idosos na Austrália e nos Estados Unidos, investigou a relação entre esses biomarcadores e a progressão do declínio cognitivo.
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de mais de 13 mil participantes, buscando identificar marcadores como a proteína tau fosforilada (p-tau181), a proteína glial fibrilar ácida (GFAP), a cadeia leve de neurofilamento (NfL) e as frações beta amilóide (Aβ) 42 e 40. Os resultados indicaram que níveis elevados de p-tau181, GFAP e NfL, juntamente com uma menor razão Aβ42/40, estavam associados a um declínio cognitivo mais acentuado ao longo do tempo. Essa associação foi mais forte para funções como cognição global, memória episódica e velocidade psicomotora.
Um aspecto notável do estudo é que essas associações se mantiveram consistentes entre os participantes da Austrália e dos Estados Unidos, e também não foram influenciadas pelo sexo ou pela presença de doença renal crônica. Embora a doença renal possa afetar os níveis dos biomarcadores, a relação entre esses marcadores e o declínio cognitivo permaneceu a mesma, sugerindo a potencial utilidade desses biomarcadores para identificar indivíduos com maior risco de demência, independentemente dessas condições. Estes achados reforçam a importância da pesquisa contínua para refinar a compreensão e aplicação de biomarcadores no diagnóstico precoce e acompanhamento do Alzheimer e outras demências relacionadas.
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