Saúde Desvendada

A menopausa, um período de transição na vida da mulher, pode trazer consigo alterações metabólicas, como o aumento da lipemia pós-prandial (LLP), ou seja, o nível de gordura no sangue após a alimentação. Esse aumento está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares. A prática de exercícios físicos tem se mostrado uma estratégia eficaz para mitigar esses riscos, mas qual seria a intensidade ideal para obter os melhores resultados?

Um estudo recente investigou os efeitos de dois tipos de treinamento intervalado – o de alta intensidade (HIIT) e o de intensidade moderada (MIIT) – sobre a LLP em mulheres pós-menopáusicas após o consumo de uma refeição rica em gordura. Os resultados mostraram que ambos os protocolos de exercício foram eficazes na redução dos níveis de triglicerídeos (TG) após a refeição, um importante indicador de risco cardiovascular. No entanto, o MIIT apresentou algumas vantagens em relação ao HIIT. As participantes relataram uma menor percepção de esforço (RPE) e uma frequência cardíaca média mais baixa durante o MIIT, tornando-o uma opção mais confortável e sustentável para algumas mulheres. Além disso, não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de colesterol total (CHO), HDL (colesterol “bom”) e LDL (colesterol “ruim”) entre os dois grupos.

Em resumo, tanto o HIIT quanto o MIIT podem ser aliados importantes na promoção da saúde cardiovascular de mulheres na pós-menopausa, auxiliando na redução dos níveis de triglicerídeos após as refeições. A escolha entre os dois protocolos dependerá das preferências individuais, nível de condicionamento físico e tolerância ao esforço. O MIIT pode ser uma alternativa mais acessível e confortável para aquelas que buscam os benefícios do exercício intervalado sem a intensidade mais elevada do HIIT. É fundamental que a prática de exercícios seja orientada por um profissional de educação física, que poderá avaliar as necessidades e características de cada mulher, prescrevendo o treinamento mais adequado e seguro. A combinação de uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos é essencial para uma vida mais longa e com mais qualidade.

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