Saúde Desvendada

Um estudo recente revelou abordagens inovadoras no tratamento do autismo, implementadas por profissionais mexicanos na região da fronteira entre os Estados Unidos e o México. Estes profissionais estão adaptando suas práticas para atender às necessidades de famílias hispânicas/latinas que navegam por sistemas de saúde duplos, desafiando modelos eurocêntricos de intervenção.

A pesquisa, realizada através de entrevistas com provedores de intervenção precoce (EI) que atendem crianças autistas de 0 a 7 anos nas cidades de Tijuana e Mexicali, identificou temas cruciais. Entre eles, destacam-se as lacunas nos serviços e as desigualdades estruturais presentes tanto no setor público quanto no privado. Os provedores mexicanos buscam constantemente aprimorar seus conhecimentos através de treinamentos internacionais, mentoria e educação autodirigida, criando percursos alternativos de aprendizado. Além disso, eles adotam uma visão focada nas forças das famílias, considerando os cuidadores como co-terapeutas e adaptando as intervenções às rotinas e contextos culturais de cada família.

A posição geográfica única destes profissionais permite que eles preencham lacunas de serviço para famílias transfronteiriças, embora barreiras sistêmicas dificultem a colaboração formal com provedores nos Estados Unidos. A pesquisa enfatiza a importância de aumentar as parcerias transfronteiriças para melhorar os resultados para as famílias que buscam atendimento em ambos os lados da fronteira. A adaptação e o aprendizado contínuo são cruciais para oferecer um suporte culturalmente sensível e eficaz para crianças autistas e suas famílias.

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