Saúde Desvendada

Um estudo recente investigou a relação entre a posição socioeconômica (PSE) e o acesso à fisioterapia antes da artroscopia de quadril para o tratamento da síndrome do impacto femoroacetabular (IFA) na Dinamarca. A pesquisa, que analisou dados de mais de 5.700 pacientes entre 2012 e 2024, revelou disparidades significativas no uso da fisioterapia com base no nível socioeconômico.

Os resultados indicaram que apenas um terço dos pacientes com IFA recorreram à fisioterapia no ano que antecedeu a cirurgia de artroscopia de quadril. Surpreendentemente, o estudo demonstrou que pacientes com menor PSE eram menos propensos a utilizar serviços de fisioterapia em comparação com aqueles com PSE mais elevada. Essa diferença sugere que fatores socioeconômicos podem influenciar o acesso a cuidados de saúde essenciais para o tratamento da IFA.

Além disso, a pesquisa apontou uma diminuição no uso da fisioterapia após 2019, coincidindo com a implementação de novas recomendações internacionais. Essa redução pode indicar mudanças nas práticas de encaminhamento ou no acesso aos serviços de fisioterapia. Em suma, o estudo destaca a importância de considerar as desigualdades socioeconômicas no acesso a tratamentos de saúde, como a fisioterapia, e a necessidade de estratégias para garantir que todos os pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, recebam o cuidado adequado para a síndrome do impacto femoroacetabular.

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