Saúde Desvendada

A osteoporose, caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea, eleva significativamente o risco de fraturas, especialmente entre idosos. Quedas nessa população podem resultar em complicações graves, como fraturas, redução da mobilidade e impacto negativo na qualidade de vida. Um estudo retrospectivo realizado na Clínica de Quedas do University Malaya Medical Centre (UMMC), na Malásia, investigou as complicações relacionadas a quedas e avaliou o tratamento da osteoporose nessa instituição.

O estudo, que analisou dados de 563 pacientes entre 2020 e 2022, revelou que 25,9% dos participantes haviam sido diagnosticados com osteoporose, sendo a maioria (74,7%) mulheres. Um dado preocupante foi a maior incidência de quedas dentro de casa no grupo com osteoporose (66%) em comparação com o grupo sem a doença (46,6%). Além disso, as fraturas foram significativamente mais frequentes em pacientes com osteoporose, atingindo 63,4%, enquanto no grupo sem osteoporose, essa taxa foi de apenas 12%.

Apesar da prescrição comum de cálcio e vitamina D, o uso de bisfosfonatos, medicamentos importantes para o tratamento da osteoporose, permaneceu baixo. Os autores do estudo enfatizam a necessidade de aprimorar a adesão a terapias farmacológicas baseadas em evidências, o encaminhamento sistemático para fisioterapia e a educação tanto dos profissionais de saúde quanto dos pacientes. Embora o estudo tenha limitações devido ao seu caráter retrospectivo e à sua realização em um único centro, ele destaca a importância de um manejo abrangente e eficaz da osteoporose para prevenir quedas e fraturas em idosos.

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