Saúde Desvendada

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB), que envolve a inalação de oxigênio puro em um ambiente pressurizado, tem sido utilizada para tratar diversas condições médicas. No entanto, os efeitos da OHB nas funções cognitivas têm sido avaliados de forma inconsistente. Uma revisão recente da literatura científica se propôs a identificar e analisar os estudos existentes sobre a avaliação cognitiva em relação ao tratamento com oxigênio hiperbárico.

O principal objetivo desta análise foi identificar quais domínios cognitivos foram investigados em relação à OHB, quais testes neurocognitivos foram utilizados e propor um programa de avaliação cognitiva padronizado que possa ser aplicado em futuros ensaios clínicos. Os pesquisadores realizaram uma busca sistemática em diversas bases de dados, abrangendo estudos clínicos com pacientes adultos submetidos à OHB e que incluíssem testes neurocognitivos como um dos resultados avaliados. Os domínios cognitivos foram categorizados utilizando os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5), e a sensibilidade dos testes foi avaliada em ensaios clínicos randomizados.

Os resultados revelaram uma variação considerável nos domínios cognitivos investigados e nos métodos de avaliação empregados, refletindo a diversidade de distúrbios tratados e a falta de consenso na área da OHB. Para melhorar a consistência e a comparabilidade entre as pesquisas futuras, os autores propõem uma bateria de testes cognitivos computadorizados e padronizados, que avaliem a velocidade psicomotora, a atenção, a memória e a função executiva. A padronização dos métodos de avaliação cognitiva é crucial para determinar com precisão os efeitos da oxigenoterapia hiperbárica no cérebro e para otimizar os protocolos de tratamento.

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