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Um estudo recente revelou uma ligação importante entre o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a presença de múltiplas condições psiquiátricas em crianças. A pesquisa, que analisou dados de mais de 50.000 participantes, indica que crianças diagnosticadas com TEA que também apresentam outras condições como TDAH, depressão ou ansiedade tendem a receber o diagnóstico de autismo em uma idade mais avançada.

A importância de um diagnóstico precoce de TEA reside na possibilidade de intervenções terapêuticas que podem melhorar significativamente o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança. Fatores que influenciam a idade do diagnóstico, portanto, são cruciais para entendermos como otimizar esse processo. O estudo utilizou dados de duas grandes fontes: o Rhode Island Consortium for Autism Research and Treatment study (RI-CART) e a Simons Foundation Powering Autism Research for Knowledge (SPARK) database.

Os resultados mostraram que, em ambos os grupos, a idade do diagnóstico de autismo era significativamente maior em crianças com múltiplas condições psiquiátricas coexistentes. No RI-CART, por exemplo, a idade média do diagnóstico variou de 4,3 anos para crianças sem outras condições, para 7,1 anos para aquelas com uma ou duas condições, e chegando a 8,5 anos para as que apresentavam três ou mais. A associação entre depressão e TDAH com um diagnóstico mais tardio, e TOC e deficiência intelectual com um diagnóstico mais precoce, sugere que a apresentação clínica do autismo pode ser mascarada ou confundida por outras condições, dificultando o reconhecimento do TEA pelos profissionais de saúde e familiares. Este achado aponta para a necessidade de uma avaliação mais abrangente e atenta em crianças com histórico de transtornos psiquiátricos, para garantir que o diagnóstico de autismo não seja negligenciado ou atrasado.

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