Neuroanatomia Distinta em Crianças com Autismo e Síndrome do X Frágil: Um Estudo Detalhado
Um estudo recente investigou as diferenças neuroanatômicas em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome do X Frágil (SXF), buscando identificar padrões distintos no desenvolvimento cerebral que possam ajudar no diagnóstico e intervenções mais direcionadas. A pesquisa, publicada na Molecular Psychiatry, analisou exames de ressonância magnética de 190 crianças, incluindo aquelas com SXF, TEA idiopático e um grupo de desenvolvimento típico.
Os resultados revelaram que crianças com SXF apresentavam um aumento no volume de massa cinzenta em regiões subcorticais, como o caudado e o Crus I do cerebelo. Em contrapartida, foi observada uma diminuição no volume de massa cinzenta em áreas frontais insulares e nos lóbulos VIII/IX do vermis cerebelar, em comparação com os grupos TEA e de desenvolvimento típico. Já as crianças com TEA demonstraram taxas de crescimento significativamente mais rápidas do volume de massa cinzenta.
Essas diferenças neuroanatômicas encontradas foram correlacionadas com avaliações comportamentais e demonstraram ser distintas entre os grupos de diagnóstico. Os pesquisadores concluíram que a SXF e o TEA possuem assinaturas neuroanatômicas distintas durante a infância, especialmente em regiões subcorticais e cerebelares, o que se associa a trajetórias de desenvolvimento divergentes. Essas descobertas podem ter implicações importantes para o diagnóstico precoce e o desenvolvimento de intervenções terapêuticas mais eficazes e personalizadas para crianças com TEA e SXF, considerando as bases neurobiológicas específicas de cada condição, apesar da sobreposição de alguns sintomas clínicos. A identificação dessas diferenças é um passo crucial para entender melhor as complexidades de cada condição.
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