Saúde Desvendada

A fascite plantar é uma condição dolorosa comum que afeta o calcanhar, impactando significativamente a qualidade de vida de indivíduos ativos e sedentários. Caracterizada pela inflamação da fáscia plantar, uma banda espessa de tecido que percorre a sola do pé, essa condição pode ser particularmente frustrante quando se torna crônica e resistente aos tratamentos convencionais.

Embora a maioria dos casos de fascite plantar responda bem a abordagens conservadoras, como alongamentos, fisioterapia, uso de palmilhas ortopédicas, injeções de esteroides e terapia por ondas de choque extracorpórea, uma parcela significativa de pacientes (cerca de 5% a 10%) continua a sofrer de dor persistente. Nesses casos refratários, a intervenção cirúrgica pode ser considerada. No entanto, as técnicas cirúrgicas tradicionais, como a fasciotomia plantar aberta ou endoscópica, podem estar associadas a complicações, como problemas de cicatrização, tempo de recuperação prolongado e alterações na biomecânica do pé.

Uma pesquisa recente avaliou a eficácia de um procedimento minimamente invasivo chamado fasciotomia percutânea assistida por coblação TOPAZ no tratamento da fascite plantar crônica. O estudo retrospectivo acompanhou pacientes submetidos a esse procedimento, utilizando a escala de Medida de Habilidade do Pé e Tornozelo (FAAM) e a Escala de Avaliação Numérica (NRS) para avaliar os resultados. Os resultados demonstraram uma redução significativa nos níveis de dor e uma melhora notável na capacidade funcional dos pacientes após um ano de acompanhamento. Esses achados sugerem que a coblação por radiofrequência utilizando o microdebridador TOPAZ pode ser uma intervenção eficaz para a fascite plantar crônica refratária, oferecendo uma alternativa promissora aos tratamentos mais invasivos e suas potenciais complicações. É importante consultar um especialista para determinar se essa opção é adequada para o seu caso específico. A avaliação individualizada é crucial para o sucesso do tratamento.

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