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A análise de bioimpedância elétrica (BIA) é um método não invasivo e portátil utilizado para avaliar a composição corporal, tornando-se uma ferramenta valiosa na prática clínica, especialmente em recém-nascidos. No entanto, a falta de padronização na aplicação desta técnica em neonatos dificulta a validação externa e a confiabilidade dos resultados. Tradicionalmente, a BIA é realizada com eletrodos posicionados no lado direito do corpo do bebê.

Um estudo recente investigou se o lado do corpo onde os eletrodos são colocados influencia as medições de resistência e reactância obtidas pela BIA. Os pesquisadores compararam as medições obtidas nos lados direito e esquerdo em recém-nascidos. Os resultados mostraram que existem diferenças significativas entre as medições de resistência (672.88 ± 136.30 no lado direito vs. 649.22 ± 119.59 no lado esquerdo) e reactância (46.34 ± 17.99 no lado direito vs. 44.439 ± 19.42 no lado esquerdo) quando os eletrodos são posicionados em lados opostos do corpo. Apesar da boa correlação (0.98) entre as medições dos dois lados, a diferença observada sugere que o lado de posicionamento dos eletrodos tem um impacto nos valores obtidos.

A conclusão do estudo é que o posicionamento dos eletrodos em lados opostos do corpo gera diferentes valores de resistência e reactância. Isso implica na necessidade de utilizar exclusivamente o lado direito para o posicionamento padrão dos eletrodos na BIA em recém-nascidos. Essa restrição, no entanto, pode apresentar desafios na rotina clínica, especialmente quando o acesso vascular ou outros dispositivos médicos impedem o posicionamento correto no lado direito. A pesquisa destaca a importância da padronização na aplicação da BIA em neonatos para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados, contribuindo para uma melhor avaliação da saúde e do desenvolvimento desses pacientes.

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