Reabilitação em Casa Após AVC: Exercícios Não Supervisionados Promovem Recuperação?
Após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a reabilitação física desempenha um papel fundamental na recuperação da função motora e na redução das limitações. Uma estratégia promissora é a implementação de exercícios em casa, sem a supervisão direta de um terapeuta, para complementar as sessões de terapia tradicionais. Mas será que essa abordagem é realmente eficaz e quais são as melhores práticas?
Uma revisão recente analisou estudos sobre terapia de exercícios não supervisionada em domicílio para pacientes que já passaram pela fase aguda do AVC (pelo menos seis meses após o evento). Os resultados revelaram uma variedade de abordagens, desde o uso de aplicativos para celular e programas de vídeo guiados até exercícios baseados em técnicas de boxe. A frequência dos exercícios variou de três vezes por semana a diariamente, com intensidade leve a moderada e duração entre 20 e 75 minutos. Os exercícios focaram principalmente no equilíbrio, mobilidade e estabilidade do core.
Apesar da diversidade de métodos, a revisão destacou a importância do suporte contínuo, seja através de contato regular com terapeutas ou do envolvimento de cuidadores. A adesão ao programa de exercícios é um fator crucial para o sucesso da reabilitação em casa. Embora as intervenções não supervisionadas ofereçam flexibilidade e conveniência, é essencial garantir que os pacientes recebam orientação e incentivo adequados para manter a motivação e realizar os exercícios corretamente. Mais pesquisas são necessárias para determinar a eficácia ideal dessas intervenções e identificar as melhores estratégias para promover a adesão e maximizar os benefícios da reabilitação em casa após um AVC. A tecnologia, como aplicativos e vídeos, pode ser uma ferramenta valiosa, mas o toque humano e o acompanhamento profissional continuam sendo elementos importantes. Priorizar o equilíbrio, a mobilidade e a estabilidade do core são aspectos cruciais na recuperação.
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