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Doenças neurodegenerativas como a Doença de Huntington (DH), Doença de Parkinson (DP) e Doença de Alzheimer (DA) frequentemente levam ao comprometimento cognitivo, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Identificar marcadores que auxiliem na detecção precoce dessas condições é crucial para um manejo mais eficaz e para o desenvolvimento de terapias que possam retardar a progressão da doença.

Um estudo recente avaliou a utilidade do MemTrax, uma plataforma digital de tarefa de reconhecimento contínuo, como ferramenta para identificar prejuízos cognitivos e motores em pacientes com DH e DP. O MemTrax, originalmente desenvolvido para auxiliar no diagnóstico da Doença de Alzheimer, mostrou-se promissor na identificação de declínios cognitivo-motores em pacientes com outras doenças neurodegenerativas. A pesquisa envolveu 135 controles saudáveis, 131 participantes com DH e 212 com DP, onde métricas do MemTrax foram correlacionadas com escalas clínicas de cognição, avaliação motora e estágios da doença.

Os resultados demonstraram que o MemTrax é capaz de capturar o declínio cognitivo-motor tanto na Doença de Huntington quanto na Doença de Parkinson. Na DH, a acurácia do reconhecimento e a pontuação composta do MemTrax diminuíram significativamente desde o estágio pré-DH até o estágio 2, apresentando correlações negativas com o comprometimento motor e as escalas cognitivas. Na DP, a pontuação composta declinou ao longo dos estágios de Hoehn e Yahr, com fortes correlações negativas com a escala UPDRS III (que avalia os sintomas motores da DP) e positivas com testes de avaliação cognitiva como o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Adicionalmente, o tempo de resposta no MemTrax aumentou com a progressão da doença e correlacionou-se positivamente com a UPDRS III, indicando que pode avaliar a lentidão psicomotora na DP. Estes achados sugerem que o MemTrax pode ser um biomarcador digital transversal para detecção precoce em doenças neurodegenerativas, ampliando seu uso além da Doença de Alzheimer e demonstrando seu potencial para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de diferentes condições neurológicas.

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