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O delirium, uma condição caracterizada por confusão mental e alterações na consciência, frequentemente se manifesta por meio de distúrbios neuropsiquiátricos (DNPs) que impactam significativamente pacientes, familiares e profissionais de saúde. Esses distúrbios, muitas vezes, são o aspecto mais evidente do delirium, causando angústia e representando riscos para a segurança do paciente e daqueles ao seu redor. Uma compreensão limitada dos DNPs associados ao delirium pode ser um fator crucial para a falta de avanços no desenvolvimento de tratamentos farmacológicos eficazes.

Uma análise recente propõe síndromes neuropsiquiátricas clinicamente relevantes no contexto do delirium, fornecendo definições provisórias para cada uma. Essas síndromes incluem atividade psicomotora excessiva, juntamente com a acatisia relacionada; atividade psicomotora inadequada, manifestando-se como redução do despertar ou avolição; psicose, abrangendo distúrbios perceptivos e crenças equivocadas; distúrbios emocionais, como desregulação afetiva ou angústia ansiosa; catatonia; e distúrbios do sono-vigília. É fundamental diferenciar os DNPs do delirium do comprometimento cognitivo global, uma vez que frequentemente requerem atenção clínica independente.

A falha em adaptar os tratamentos a síndromes específicas pode acarretar resultados adversos. Por exemplo, tratar a acatisia no delirium com um antipsicótico pode levar a um aumento da ativação comportamental, prolongando o sofrimento do paciente e piorando os resultados clínicos. Portanto, é crucial aumentar a conscientização e o refinamento conceitual dessas síndromes para orientar o manejo clínico e identificar novas áreas para pesquisa. A identificação precisa e o tratamento direcionado dos distúrbios neuropsiquiátricos no delirium são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar os resultados terapêuticos.

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