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O uso de valproato por homens durante a espermatogênese tem sido associado a um aumento no risco de distúrbios do neurodesenvolvimento (DND) em seus filhos. No entanto, a influência de fatores genéticos nesse cenário ainda não está totalmente clara. Um estudo recente buscou investigar se a predisposição genética a condições como epilepsia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos pais poderia influenciar essa associação.

A pesquisa, utilizando dados do Estudo Norueguês da Mãe, Pai e Filho (MoBa), avaliou a suscetibilidade genética a epilepsia, TDAH e TEA em pais com epilepsia que foram tratados com valproato, lamotrigina ou levetiracetam, outros medicamentos anticonvulsivantes (MACs) e um grupo controle saudável. Os resultados indicaram que os pais que usaram valproato apresentaram pontuações de risco poligênico (PRSs) significativamente mais altas para epilepsia em comparação com aqueles que usaram lamotrigina ou levetiracetam, outros MACs e o grupo controle. Essa descoberta sugere que pode haver uma ligação entre o uso de valproato e uma maior predisposição genética à epilepsia.

Apesar dessa associação, o estudo não encontrou ligações robustas entre o uso de MACs pelos pais ou o PRS de epilepsia e os resultados do neurodesenvolvimento infantil. No entanto, foi observada uma sobreposição genética significativa entre os 1% principais de SNPs ponderados nos PRSs para epilepsia, TDAH e TEA, com um enriquecimento para vias de neurodesenvolvimento. Esses resultados enfatizam a importância de considerar a suscetibilidade genética compartilhada ao avaliar os riscos da exposição paterna ao valproato. Em outras palavras, a predisposição genética dos pais a certas condições neurológicas pode desempenhar um papel importante na compreensão do impacto do valproato no desenvolvimento neurológico dos filhos.

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