Saúde Desvendada

O diagnóstico de autismo em adultos é uma área crescente de interesse, tanto na prática clínica quanto na pesquisa. A identificação tardia ou o diagnóstico incorreto em adultos autistas são cada vez mais reconhecidos, o que demonstra a necessidade urgente de aprimorar os processos de avaliação.

Um estudo recente, apresentado no primeiro encontro do Grupo de Interesse Especial (SIG) da Sociedade Internacional para Pesquisa em Autismo (INSAR) focado na avaliação e diagnóstico de autismo em adultos, destaca as barreiras existentes e propõe recomendações para superá-las. Entre as sugestões, está a melhoria das ferramentas de diagnóstico existentes e o desenvolvimento de novas, com foco em questionários e entrevistas que capturem aspectos não observáveis externamente. A importância de fornecer informações claras sobre o processo de diagnóstico e oferecer suporte pós-diagnóstico adequado também foi ressaltada.

Além disso, o estudo enfatiza a necessidade de uma avaliação mais completa do histórico psicossocial e de saúde mental, bem como a promoção de treinamentos para aumentar a compreensão dos clínicos sobre o autismo em adultos. A consideração da cultura e a criação de diretrizes de prática centradas no cliente, com a participação ativa de adultos autistas, são cruciais para um diagnóstico mais preciso e um suporte mais eficaz. Essas diretrizes devem ser neuroafirmativas, reconhecendo e respeitando a neurodiversidade.

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