Saúde Desvendada

Em ambientes complexos e imprevisíveis, soldados precisam interpretar informações com precisão e manter um alto nível de desempenho. A realidade virtual (RV) surge como uma ferramenta valiosa para simular situações militares estressantes em um ambiente controlado e imersivo. Um estudo recente investigou a relação entre fatores psicológicos, físicos e cognitivos e o desempenho em tarefas militares simuladas em RV.

A pesquisa envolveu 25 soldados do sexo masculino em serviço ativo, que passaram por avaliações psicológicas e cognitivas. Em seguida, participaram de tarefas de Memória de Reconhecimento (RMT), Orientação Espacial (SOT) e Tomada de Decisão (DMT) em RV. As tarefas foram realizadas sob condições de estresse (com a ameaça de choque elétrico) e sem estresse (apenas vibração). Os resultados revelaram associações importantes entre diferentes variáveis e o desempenho nas tarefas.

Observou-se que habilidades de enfrentamento (como aceitação), boa forma física (tempo de corrida de 2 milhas), inteligência social e traços de personalidade (como a conscienciosidade) estavam associados à identificação correta de objetos na tarefa RMT. Por outro lado, habilidades de enfrentamento como a negação diminuíram as chances de identificação correta. Na tarefa SOT, as habilidades de enfrentamento (como a contenção), a função neurocognitiva (memória de trabalho) e a experiência prévia com jogos de vídeo foram associadas à orientação precisa. Já na tarefa DMT, as habilidades de enfrentamento (aceitação) e a função neurocognitiva (orientação espacial) se destacaram na distinção de alvos. Os pesquisadores concluíram que as habilidades de enfrentamento, especialmente a aceitação, influenciam o desempenho em tarefas militares relevantes em RV. Isso sugere que intervenções que visam características modificáveis poderiam otimizar o desempenho militar.

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