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Pesquisadores identificaram que células-tronco de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) exibem um metabolismo energético comprometido, especificamente na via da glicólise. Este processo, fundamental para a produção de energia celular (ATP), apresenta-se deficiente, levando a uma menor produção de energia e impactando a respiração celular. A descoberta, publicada na revista Scientific Reports, lança luz sobre possíveis mecanismos biológicos subjacentes ao autismo.

O estudo, liderado por Francois Féron e equipe, comparou células-tronco ectomesenquimais olfatórias (OE-MSC) de pacientes com TEA com as de indivíduos saudáveis. Os resultados revelaram que as células dos pacientes com TEA mostravam uma expressão reduzida de genes e metabólitos associados à glicólise, resultando em níveis mais baixos de ATP, a principal fonte de energia das células. Além disso, a respiração celular basal também se mostrou diminuída, indicando um comprometimento geral da função mitocondrial.

Essas alterações no metabolismo energético podem estar relacionadas a diversos sintomas observados em indivíduos com TEA, como sensibilidade ao estresse, hiperestimulação, convulsões, alterações no tônus muscular e fadiga. A pesquisa sugere que a disfunção mitocondrial e a deficiência na produção de ATP podem comprometer a função neuronal e sináptica, contribuindo para as características complexas do TEA. A compreensão desses mecanismos pode abrir caminho para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas focadas em modular o metabolismo energético e melhorar a função celular em pessoas com autismo. Estudos futuros são necessários para validar esses achados e explorar o potencial terapêutico dessas descobertas.

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