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Um estudo clínico de fase 3, denominado INDIGO, trouxe resultados promissores para pacientes com glioma de baixo grau que apresentam mutações nos genes IDH1 ou IDH2. A pesquisa avaliou o uso do vorasidenibe, um inibidor oral que consegue atravessar a barreira hematoencefálica, atuando diretamente no cérebro para combater as células tumorais. Os resultados indicaram uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão da doença e no tempo até a próxima intervenção terapêutica, como quimioterapia ou radioterapia.

O estudo, de caráter randomizado e duplo-cego, envolveu pacientes com glioma difuso grau 2, que já haviam passado por cirurgia e não tinham recebido outros tratamentos anticâncer. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu vorasidenibe e o outro, placebo. Após um período de acompanhamento adicional de seis meses, os dados revelaram que o vorasidenibe não só prolongou a sobrevida livre de progressão, mas também diminuiu a taxa de crescimento do tumor e melhorou o controle de crises convulsivas. Surpreendentemente, não foram observados impactos negativos na qualidade de vida relacionada à saúde ou nas funções neurocognitivas dos pacientes.

Esses achados sugerem que o vorasidenibe pode ser uma opção valiosa para pacientes com gliomas de baixo grau com mutação IDH1/2, especialmente aqueles que já passaram por cirurgia e não necessitam de radioterapia ou quimioterapia imediatas. A capacidade do medicamento de retardar o crescimento tumoral e melhorar o controle das crises, sem comprometer a qualidade de vida, representa um avanço importante no tratamento dessa condição. A pesquisa foi financiada pela Servier e publicada na revista The Lancet Oncology, abrindo caminho para futuras investigações e possíveis mudanças nas práticas clínicas.

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