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Dificuldades na linguagem são frequentemente observadas em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma pesquisa recente investigou as diferenças na conectividade da substância branca nas vias da linguagem dorsal e ventral entre crianças com TEA e crianças com desenvolvimento típico. O objetivo principal foi explorar os mecanismos neurobiológicos que podem estar por trás das disfunções de linguagem associadas ao autismo.

O estudo envolveu 60 crianças com TEA e 60 crianças com desenvolvimento típico, todas com idades entre 24 e 96 meses. Os participantes foram divididos em dois grupos etários: primeira infância (24 a 60 meses) e final da infância (60 a 96 meses). A avaliação clínica incluiu escalas de desenvolvimento e um checklist de comportamentos autísticos, permitindo uma análise detalhada das habilidades linguísticas e características comportamentais de cada criança.

Os resultados revelaram que as crianças com TEA apresentaram uma conectividade significativamente reduzida em importantes feixes de fibras, como o fascículo longitudinal inferior bilateral, o fascículo fronto-occipital inferior direito e o fascículo longitudinal superior direito. Além disso, observou-se que, em crianças mais novas com TEA, a anisotropia fracional de curtose (KFA) no fascículo longitudinal inferior bilateral estava positivamente relacionada com as pontuações na subescala de linguagem, enquanto a KFA no fascículo fronto-occipital inferior direito e no fascículo longitudinal superior direito apresentava correlação negativa com as pontuações no checklist de comportamento autístico. Esses achados sugerem que a conectividade reduzida nas vias da linguagem dorsal e ventral pode ser um mecanismo neurológico chave subjacente às dificuldades de linguagem no TEA. Adicionalmente, crianças mais novas com TEA podem demonstrar dificuldades de linguagem e alterações na substância branca mais pronunciadas em comparação com crianças mais velhas com TEA, indicando a importância de intervenções precoces.

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