Tecnologia Digital Revoluciona Ensaios Clínicos para Doenças Raras
A integração de tecnologias digitais de saúde (DHTs) em ensaios clínicos para doenças raras está se tornando uma tendência crescente, oferecendo modelos de pesquisa descentralizados, escaláveis e centrados no paciente. Um estudo recente investigou a aplicação de DHTs em estudos clínicos nas dez doenças raras mais estudadas, revelando insights valiosos sobre como essas tecnologias estão transformando a pesquisa e o tratamento.
A pesquisa identificou 262 estudos até junho de 2024, abrangendo diversas plataformas e registros de ensaios clínicos. As aplicações de DHTs foram classificadas em várias categorias, incluindo recrutamento de pacientes, tratamento digital, monitoramento e coleta de dados, avaliação de resultados, acompanhamento remoto e gerenciamento de cuidados de longo prazo. Entre todas as aplicações, o monitoramento e a coleta de dados se destacaram como os mais prevalentes (31,3%), permitindo o rastreamento contínuo de parâmetros fisiológicos relevantes para condições específicas de doenças raras.
O estudo também observou um aumento notável na adoção de DHTs de 2017-2020 para 2021-2024 em quase todas as dez doenças analisadas. Entre 2021 e 2024, a fibrose cística apresentou a maior proporção de ensaios habilitados por DHTs em relação a todos os estudos conduzidos para essa doença (29,7%). Os resultados sugerem que as DHTs estão desempenhando um papel cada vez maior no desenvolvimento terapêutico e na expansão do acesso a cuidados para populações de doenças raras carentes. Os pesquisadores propõem uma estrutura conceitual “4A” – Acessibilidade, Agilidade, Conscientização e Adaptabilidade – para acelerar ainda mais esse avanço.
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