Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é frequentemente tratado com medicamentos estimulantes, especialmente em crianças e adolescentes. Uma questão importante é entender os efeitos a longo prazo desses medicamentos no cérebro em desenvolvimento. Um estudo recente investigou essa questão, focando na resposta cerebral ao metilfenidato, um estimulante comum, em adolescentes e adultos com TDAH.

A pesquisa acompanhou participantes de um ensaio clínico randomizado anterior ao longo de quatro anos. Os cientistas avaliaram como o uso de estimulantes afetava o fluxo sanguíneo cerebral (rCBF) em resposta ao metilfenidato. Curiosamente, os resultados não mostraram evidências de efeitos de longo prazo dependentes da idade do tratamento estimulante. Isso sugere que os efeitos de curto prazo observados em estudos anteriores podem ser transitórios. No entanto, o estudo identificou associações entre a resposta do rCBF no córtex pré-frontal medial e o tratamento estimulante, associações essas que já estavam presentes antes do início do tratamento.

É importante destacar que essas associações não estavam relacionadas à gravidade dos sintomas do TDAH. Além disso, a resposta do rCBF estava ligada à distribuição dos receptores de dopamina D1 apenas em adolescentes. As conclusões do estudo apontam para a possibilidade de que as associações identificadas sejam mediadas por alterações no funcionamento da dopamina e da noradrenalina. Esses resultados podem ter valor preditivo para a extensão do uso de medicamentos estimulantes após o diagnóstico de TDAH em crianças e adolescentes. Mais pesquisas são necessárias para confirmar e entender melhor esses mecanismos.

Origem: Link

Deixe comentário