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Lesões cerebrais traumáticas leves (LCTM), embora frequentemente subestimadas, podem acarretar déficits cognitivos persistentes, afetando a atenção, a velocidade de processamento e a memória de trabalho. Estudos recentes têm investigado como a LCTM afeta a variabilidade no desempenho cognitivo ao longo do tempo, revelando que pacientes com LCTM crônica exibem maior instabilidade em suas funções cognitivas em comparação com indivíduos saudáveis.

Uma pesquisa recente publicada no Human Brain Mapping analisou essa variabilidade intraindividual (VII) no desempenho cognitivo em pacientes com LCTM crônica. O estudo envolveu a avaliação da função cognitiva e a realização de exames de ressonância magnética de difusão (RM-D). Os resultados demonstraram que pacientes com LCTM apresentaram maior VII em comparação com o grupo de controle, tanto em testes de sessão única quanto em avaliações diárias realizadas por meio de um aplicativo de smartphone. Além disso, essa maior VII diária no desempenho cognitivo coincidiu com flutuações mais acentuadas nos sintomas pós-concussão.

Adicionalmente, o estudo revelou que pacientes com LCTM apresentavam organização reduzida da matéria branca, particularmente no fascículo longitudinal superior esquerdo (SLF-II), uma importante via de comunicação frontoparietal. Foi observada uma associação entre a VII em testes de sessão única e alterações na matéria branca no SLF-II em pacientes com LCTM. Esses achados sugerem que a LCTM pode levar a déficits de desempenho dinâmicos que persistem na fase crônica da lesão. A organização da matéria branca no SLF-II parece desempenhar um papel crucial no suporte à consistência do desempenho cognitivo ao longo do tempo, tornando-se um possível biomarcador para entender a dinâmica cognitiva em populações clínicas e saudáveis.

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