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Os primeiros meses de vida são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, e compreender esse processo é fundamental para a detecção precoce e intervenção em distúrbios do neurodesenvolvimento. Um estudo recente investigou como as redes cerebrais espaciais se desenvolvem em bebês, uma área que ainda carece de muita pesquisa. A pesquisa acompanhou 74 bebês considerados neurotípicos, utilizando ressonância magnética funcional em estado de repouso para analisar a evolução da organização espacial das redes cerebrais desde o nascimento até os seis meses de idade.

Os resultados revelaram mudanças significativas relacionadas à idade nas características espaciais do cérebro. A similaridade espacial média da rede, que reflete o alinhamento entre os mapas de rede individuais e os de nível de grupo, aumentou com o tempo. Isso indica que as redes cerebrais dos bebês se tornam mais sincronizadas e coordenadas à medida que crescem. Ao mesmo tempo, a faixa de engajamento da rede, que representa a flutuação da intensidade dos voxels dentro das redes, diminuiu, sugerindo um processo de consolidação em que as contribuições dos voxels se tornam mais uniformes.

Além disso, a força da rede, calculada como a média de todas as intensidades de voxels significativas na rede, aumentou em redes como o córtex pré-frontal fronto-medial e as redes visuais. Isso demonstra um aumento no grau de envolvimento nessas redes funcionais específicas com o passar do tempo. O tamanho da rede e o centro de massa da rede também aumentaram na rede temporal, ilustrando alterações na distribuição espacial das redes cerebrais. Esses achados preenchem uma lacuna importante na neuroimagem infantil, caracterizando espacialmente o desenvolvimento funcional inicial da rede, oferecendo um modelo para entender a maturação cerebral precoce e identificar trajetórias atípicas.

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