Seletividade Alimentar e Autismo: Uma Conexão Preocupante
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar um risco aumentado para o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE), caracterizado por padrões alimentares seletivos e restritivos. Um estudo recente investigou essa relação, comparando a prevalência de TARE entre crianças com TEA e crianças com desenvolvimento típico, além de examinar a influência do TEA no desenvolvimento desse transtorno alimentar.
A pesquisa envolveu 25 crianças com TEA e 30 crianças com desenvolvimento típico. Os participantes foram avaliados por meio de questionários e escalas para identificar comportamentos alimentares específicos, como seletividade alimentar, responsividade à saciedade, lentidão ao comer e sintomas gastrointestinais. Os resultados mostraram que crianças com TEA apresentaram pontuações significativamente mais altas no rastreio de TARE, indicando uma maior probabilidade de desenvolver o transtorno. Além disso, elas demonstraram maior seletividade alimentar e menor interesse em experimentar novos alimentos, em comparação com o grupo de desenvolvimento típico.
A ligação entre o TARE e o TEA parece estar relacionada a diversos fatores, incluindo a sensibilidade sensorial a alimentos, a rigidez comportamental e a dificuldade em processar informações sensoriais relacionadas à alimentação. Sintomas gastrointestinais como inchaço e indigestão também foram mais comuns no grupo com TEA, o que pode contribuir para a aversão a certos alimentos. É crucial que pais e cuidadores de crianças com TEA estejam atentos aos sinais de seletividade alimentar e busquem orientação profissional para garantir uma nutrição adequada e prevenir o desenvolvimento de TARE. A intervenção precoce pode ajudar a promover hábitos alimentares mais saudáveis e melhorar a qualidade de vida dessas crianças.
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