Exercício e Alzheimer: Um Estudo Inovador Sobre o Fluxo Sanguíneo Cerebral
A doença de Alzheimer (DA) representa um desafio crescente para a saúde pública global, sendo uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Pesquisas recentes têm demonstrado que alterações no fluxo sanguíneo cerebral (FSC) e em biomarcadores sanguíneos associados à DA são evidentes nos estágios iniciais da doença. Nesse contexto, o exercício físico surge como uma estratégia promissora para retardar essas mudanças fisiológicas, embora os mecanismos subjacentes a esses benefícios ainda não estejam totalmente esclarecidos.
Um estudo inovador, denominado flADex, está investigando os efeitos agudos de diferentes tipos de exercício sobre o FSC e os biomarcadores sanguíneos em adultos mais velhos. O estudo adota uma abordagem de ensaio cruzado randomizado, envolvendo 20 participantes com idades entre 68 e 83 anos, que não apresentam acúmulo de amiloide cerebral significativo e não são portadores do alelo APOEε4, um fator de risco genético para a DA. Os participantes realizarão sessões de 30 minutos de exercício aeróbico de intensidade moderada, exercício de resistência de intensidade moderada e repouso, em ordem aleatória.
O principal objetivo do flADex é avaliar as mudanças no FSC por meio de ressonância magnética, utilizando uma técnica de rotulagem de spin arterial pseudo-contínua, em momentos específicos antes e após as sessões de exercício ou repouso. Adicionalmente, o estudo analisará biomarcadores relacionados à patologia da DA, neurodegeneração e fatores de crescimento, coletados por meio de amostras de sangue. A análise incluirá Aβ42, Aβ40, p-tau217, p-tau181, BD-tau, GFAP, NfL, BDNF e IGF-1. A pesquisa também investigará os efeitos dos exercícios na cognição e no humor dos participantes. Os resultados do flADex fornecerão informações valiosas sobre o impacto do exercício nas vias vasculares e moleculares associadas à patologia da DA, contribuindo para o desenvolvimento de recomendações mais precisas para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
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