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A reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), tornou-se uma realidade para muitas famílias em todo o mundo. Com mais de 13 milhões de crianças concebidas por meio dessas tecnologias, surge um interesse crescente em compreender os impactos a longo prazo em seu desenvolvimento neurológico. Um estudo recente investigou a relação entre complicações perinatais e o desenvolvimento psicomotor em crianças concebidas por FIV, buscando identificar fatores de risco e desenvolver um modelo prognóstico para imaturidade cerebral.

A pesquisa, realizada no Cazaquistão, comparou 120 crianças concebidas por ART (tecnologias de reprodução assistida) com um grupo de controle de 132 crianças. Os resultados mostraram que as crianças concebidas por ART apresentavam uma maior incidência de sinais neurosonográficos de imaturidade na estrutura cerebral. No entanto, ao analisar os dados mais profundamente, os pesquisadores descobriram que a ART em si não era um fator de risco independente. Em vez disso, complicações perinatais como prematuridade, gestação múltipla, baixo peso ao nascer, asfixia e infecções intrauterinas foram os principais responsáveis pelas diferenças observadas.

O estudo destaca a importância de identificar precocemente os fatores de risco perinatais em crianças concebidas por ART. A prematuridade e a terapia com progesterona antes da concepção foram identificadas como preditores significativos de imaturidade cerebral. Embora o desenvolvimento neurológico geral não tenha apresentado diferenças significativas entre os grupos, a pesquisa enfatiza a necessidade de intervenções preventivas direcionadas para mitigar resultados neurodesenvolvimentais adversos em bebês concebidos por fertilização in vitro. O foco deve estar no acompanhamento cuidadoso durante a gravidez e no período neonatal, visando reduzir as chances de complicações que possam afetar o desenvolvimento cerebral do bebê.

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