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A compreensão do funcionamento do sistema nervoso simpático (SNS) em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido objeto de crescente interesse tanto do ponto de vista etiológico quanto clínico. Uma questão central reside em determinar se o TEA está associado a um estado crônico de hiperativação do SNS, a uma resposta fisiológica exacerbada a situações estressantes, ou a ambos.

Uma revisão sistemática de estudos neuroquímicos investigou essa questão, buscando identificar padrões de funcionamento do SNS em pessoas com TEA. Os pesquisadores analisaram dados de diversos estudos que mediram os níveis de norepinefrina (NE) e epinefrina (EPI), neurotransmissores chave do SNS, bem como seus metabólitos, em amostras de urina e plasma.

Os resultados revelaram que, em geral, não foram encontradas diferenças significativas nos níveis basais de NE e EPI entre os grupos com e sem TEA nas amostras de urina e plasma. No entanto, os níveis de EPI no plasma apresentaram uma elevação significativa no grupo com TEA, e os níveis de NE no plasma mostraram uma tendência de aumento. Esses achados sugerem que, embora o funcionamento basal do SNS possa não ser atípico no TEA, a reatividade do sistema a estímulos estressantes pode ser maior, levando a um aumento na liberação de EPI e NE em resposta a essas situações. Além disso, o estudo não encontrou evidências de subgrupos com hiper ou hipo-ativação do SNS, e os padrões típicos de diminuição noturna da atividade simpática foram observados em indivíduos com TEA, reforçando a ideia de que a reatividade aumentada ao estresse pode ser o fator determinante nas alterações observadas.

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