Saúde Desvendada

Criar um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta desafios emocionais, sociais e práticos contínuos que podem afetar significativamente o bem-estar familiar. Diante disso, a resiliência parental surge como uma área crucial de pesquisa e intervenção. Compreender e promover a resiliência em pais de crianças com TEA pode levar a melhores resultados para toda a família.

Este artigo explora as práticas de construção de resiliência entre pais de crianças com TEA, destacando as estratégias que lhes permitem se adaptar positivamente, apesar do estresse constante. A resiliência, nesse contexto, não é vista como uma característica fixa, mas como um processo dinâmico influenciado por forças internas e recursos externos. Fatores protetores chave incluem o apoio social, a capacidade de reformular situações de forma positiva, o autocuidado e o acesso a intervenções direcionadas. O suporte social, por exemplo, pode vir de familiares, amigos, grupos de apoio ou profissionais de saúde. O autocuidado, muitas vezes negligenciado, envolve atividades que promovem o bem-estar físico e mental dos pais, como exercícios, hobbies e tempo de descanso.

Além disso, mecanismos de enfrentamento adaptativos, como estratégias focadas em problemas e estratégias focadas em emoções, desempenham um papel fundamental no aumento da resiliência do cuidador. Estratégias focadas em problemas envolvem a busca ativa de soluções para os desafios, enquanto as estratégias focadas em emoções visam regular as respostas emocionais ao estresse. O impacto da resiliência na coesão familiar, na saúde mental dos pais e nos resultados do desenvolvimento infantil é significativo. Apoiar o desenvolvimento dessas práticas de resiliência pode informar a criação de sistemas de apoio culturalmente sensíveis e centrados na família, melhorando os resultados para pais e filhos que navegam no espectro autista. Promover a resiliência parental é, portanto, um investimento crucial na saúde e bem-estar de toda a família.

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