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A hemorragia intraventricular grave (HIVG), classificada com uma pontuação de Graeb ≥ 9, representa um desafio terapêutico significativo devido a complicações como a lenta resolução do hematoma, obstrução das vias do líquido cefalorraquidiano (LCR), compressão do tronco encefálico resultante da dilatação do quarto ventrículo e riscos de infecção associados à cateterização prolongada. Um estudo recente investigou a eficácia e segurança de uma técnica inovadora: aspiração e irrigação minimamente invasiva estereotáxica assistida por robô (RASMIAI), realizada sem terapia fibrinolítica, como uma alternativa promissora às intervenções convencionais.

A pesquisa envolveu uma análise retrospectiva de 35 pacientes com HIVG tratados entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. Os participantes foram divididos em dois grupos: um tratado com RASMIAI (n = 16) e outro submetido a terapias convencionais (n = 19), incluindo cirurgia estereotáxica, evacuação endoscópica ou drenagem ventricular externa (DVE). Foram analisados diversos parâmetros, como tempo de procedimento, remoção do hematoma, restauração da circulação do LCR, complicações, mortalidade e resultados funcionais em 90 dias, utilizando as escalas mRS (modified Rankin Scale) e GOS (Glasgow Outcome Scale).

Os resultados demonstraram que o grupo RASMIAI apresentou uma eficiência procedural superior, com tempos de procedimento significativamente menores e uma remoção do hematoma muito mais rápida nas primeiras 24 horas. Além disso, a restauração da circulação do LCR foi consideravelmente mais rápida no grupo RASMIAI. Um achado notável foi a ausência de infecções intracranianas e mortalidade em 90 dias no grupo RASMIAI, em contraste com as taxas observadas no grupo tratado com terapias convencionais. As escalas mRS e GOS também indicaram melhores resultados funcionais para os pacientes submetidos à RASMIAI, sugerindo que essa técnica representa uma alternativa promissora e minimamente invasiva para o tratamento de casos graves de hemorragia intraventricular.

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