Controle Inibitório: Como Atletas Adaptam seus Sentidos para Melhor Desempenho
O controle inibitório é uma função essencial do cérebro que nos permite suprimir impulsos e reações automáticas. Ele se manifesta de diversas formas, incluindo a inibição proativa (uma desaceleração estratégica das respostas) e a inibição reativa (o cancelamento de uma resposta já iniciada). Um estudo recente investigou como esses processos se adaptam em diferentes modalidades sensoriais e quais mecanismos neurais estão envolvidos.
A pesquisa comparou um grupo de atletas com um grupo de controle da mesma idade, avaliando suas habilidades de inibição proativa e reativa nas modalidades visual, auditiva e somatossensorial. Os participantes realizaram tarefas que exigiam seleção rápida de respostas e cancelamento ocasional de respostas iniciadas. Os resultados mostraram que os atletas demonstraram maior inibição proativa e reativa em todas as modalidades sensoriais em comparação com o grupo de controle. Isso sugere que o treinamento atlético pode levar a uma melhoria na capacidade de controlar impulsos e adaptar-se a diferentes estímulos sensoriais.
Além disso, o estudo utilizou potenciais relacionados a eventos (ERPs) para analisar a atividade cerebral durante as tarefas. Os resultados revelaram que a inibição proativa em atletas estava associada a amplitudes maiores de N2 e menores de P3, indicando um monitoramento de conflito aprimorado e uma menor dependência do controle atencional posterior. Para a inibição reativa, os atletas também mostraram maiores amplitudes de N2, sugerindo uma inibição orientada por estímulo superior, semelhante à inibição proativa. Esses achados fornecem novas evidências de que tanto a inibição proativa quanto a reativa se adaptam entre as modalidades sensoriais, acompanhadas por mudanças neurais parcialmente compartilhadas e parcialmente distintas.
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