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Lesões no ligamento colateral ulnar (LCU) são uma causa comum de dor no cotovelo em arremessadores de beisebol. Frequentemente, essas lesões vêm acompanhadas de problemas nos nervos ulnar e mediano, o que pode comprometer ainda mais a estabilidade do cotovelo. Um estudo de caso recente explora uma abordagem conservadora e inovadora para tratar essa complexa condição em um atleta jovem.

O estudo acompanhou um arremessador de beisebol de 17 anos que apresentava dor no cotovelo medial, fraqueza muscular e alterações sensoriais após o arremesso. Exames de ressonância magnética e ultrassonografia confirmaram a lesão do LCU com instabilidade. Além disso, o atleta apresentava sensibilidade ao longo do túnel cubital (nervo ulnar) e do trajeto do nervo mediano, juntamente com déficits neurológicos. O tratamento inicial consistiu em fisioterapia guiada por ultrassom, focando na mobilização do túnel cubital e dos ramos do nervo mediano, juntamente com técnicas de deslizamento neural e biofeedback por ultrassom para ativar os músculos flexores.

Apesar da melhora inicial nos sintomas, a dor retornou durante a progressão dos treinos de arremesso. Uma nova intervenção foi realizada, utilizando hidrodissecção guiada por ultrassom (hidroliberação) do túnel cubital e do ramo do nervo mediano próximo ao músculo flexor superficial dos dedos. Essa técnica, combinada com a reeducação neuromuscular contínua, resultou em alívio completo da dor, restauração da força muscular e melhora da estabilidade do cotovelo. O atleta conseguiu retornar ao arremesso competitivo dois meses após a lesão e permaneceu sem sintomas após quatro meses. Este caso demonstra o potencial da fisioterapia guiada por ultrassom, incluindo técnicas de liberação manual, hidrodissecção e reeducação funcional, para restaurar a estabilidade dinâmica do cotovelo e permitir um retorno precoce ao esporte em pacientes com lesões do LCU complicadas por neuropatia ulnar e mediana.

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