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Um estudo recente realizado na Escócia revelou disparidades significativas no diagnóstico de condições neurodivergentes, como autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre homens e mulheres. A pesquisa, que analisou prontuários de 408 indivíduos diagnosticados por 30 equipes multidisciplinares, constatou que, embora o número de diagnósticos em mulheres esteja aumentando, elas ainda enfrentam atrasos consideráveis em comparação com os homens.

A análise dos dados revelou que a proporção de homens diagnosticados com autismo é maior na infância (2,21 homens para cada mulher com menos de 10 anos). No entanto, essa proporção se equilibra na adolescência e na idade adulta, sugerindo que mais mulheres estão sendo diagnosticadas nessas fases da vida. Apesar dessa tendência, o estudo apontou que as mulheres são encaminhadas e diagnosticadas mais tarde do que os homens. Em média, as mulheres recebem o diagnóstico cerca de cinco anos depois dos homens, o que impacta no acesso ao suporte e compreensão de si mesmas. No caso específico de crianças e adolescentes autistas, as meninas são encaminhadas cerca de três anos mais tarde e diagnosticadas aproximadamente dois anos e meio depois dos meninos.

Esses atrasos no diagnóstico podem ter consequências significativas para a saúde mental e o bem-estar das mulheres neurodivergentes. O diagnóstico tardio pode levar a anos de dificuldades não reconhecidas, impactando a autoestima, o desempenho acadêmico e profissional, e os relacionamentos sociais. O estudo ressalta a necessidade de aprimorar as práticas de diagnóstico e aumentar a conscientização sobre as diferenças de gênero na apresentação do autismo e TDAH, especialmente em meninas e mulheres jovens, para garantir que elas recebam o suporte adequado o mais cedo possível.

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