Neurodiversidade e Autoidentificação: Desafios e a Necessidade de Mudança
A autoidentificação como neurodivergente tem se tornado cada vez mais comum, embora permaneça um tema controverso nos âmbitos psiquiátrico, médico e público. As preocupações levantadas sobre a confiabilidade e o impacto potencial nos serviços clínicos frequentemente negligenciam as barreiras sistêmicas e as experiências pessoais que levam à autoidentificação.
Indivíduos podem se autoidentificar devido a desigualdades no acesso ao diagnóstico e vieses por parte de clínicos. Além disso, experiências individuais e crenças sobre o diagnóstico clínico influenciam essa decisão. A autoidentificação, embora possa ser uma escolha pessoal, muitas vezes representa uma estratégia de sobrevivência diante de sistemas de diagnóstico inacessíveis, excludentes e, por vezes, prejudiciais. Essa perspectiva ressalta a importância de considerar a autoidentificação como uma resposta a falhas estruturais no sistema de saúde.
É crucial abordar as falhas estruturais que tornam a autoidentificação necessária. Até que o acesso ao diagnóstico clínico se torne equitativo, a autoidentificação permanecerá um meio essencial e legítimo de compreender a neurodivergência. Em vez de questionar a autoidentificação, os esforços devem ser direcionados para a criação de um sistema de saúde mais inclusivo e acessível, que respeite a diversidade neurológica e valide as experiências individuais.
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