Autismo, Ansiedade e Experiências Psicóticas: Uma Ligação Perigosa?
Um estudo recente investigou a complexa relação entre autismo, ansiedade e experiências psicóticas (PLEs). A pesquisa sugere que a ansiedade pode desempenhar um papel significativo no aumento das PLEs observadas em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa descoberta abre novas perspectivas sobre a prevenção de psicoses em populações autistas.
A revisão sistemática analisou 54 artigos que exploraram as conexões entre ansiedade e PLEs, autismo e PLEs, e autismo e ansiedade. Os resultados indicaram uma correlação positiva entre ansiedade e PLEs, com indivíduos ansiosos demonstrando maior probabilidade de vivenciar essas experiências. Em relação ao autismo, estudos longitudinais revelaram que traços autísticos podem prever o surgimento de PLEs. Além disso, foi observada uma alta prevalência de transtornos de ansiedade em pessoas com autismo, com fatores como a intolerância à incerteza e o QI possivelmente mediando essa relação.
A pesquisa destaca a importância de intervenções focadas na ansiedade em indivíduos autistas. Ao abordar e tratar a ansiedade, é possível reduzir a incidência de PLEs e, potencialmente, prevenir o desenvolvimento de psicoses. No entanto, os autores ressaltam a necessidade de mais estudos com populações clínicas adultas para confirmar a causalidade dessa relação e refinar as estratégias de intervenção. Compreender essa intrincada ligação entre autismo, ansiedade e experiências psicóticas é crucial para oferecer suporte adequado e melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA.
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