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O tênis de alto rendimento, tanto para adolescentes quanto para adultos, exige muito do corpo, expondo os atletas a movimentos repetitivos e mudanças bruscas de direção. Uma revisão sistemática recente investigou os fatores de risco e as estratégias de prevenção de lesões musculoesqueléticas nesse contexto, buscando oferecer soluções baseadas em evidências para proteger os tenistas.

A análise de 37 estudos revelou dados importantes sobre a incidência e os tipos de lesões mais comuns. Em atletas juvenis, a incidência variou de 2,1 a 3,5 lesões por 1000 horas de jogo, enquanto em adultos, essa taxa oscilou entre 1,25 e alarmantes 56,6 lesões por 1000 horas. As lesões nos membros inferiores foram as mais frequentes, seguidas por problemas lombares e síndromes de uso excessivo no ombro. Um fator de risco significativo identificado foi o aumento repentino na carga de trabalho, com um rácio agudo-crônico acima de 1,3 em jovens e 1,5 em adultos, elevando consideravelmente o risco de lesões.

A pesquisa também identificou fatores intrínsecos associados ao risco de lesões, como a redução da rotação interna gleno-umeral, a discinesia escapular e a falta de estabilidade do core. Com base nessas descobertas, foram propostas três estratégias de prevenção: controle da carga externa, com estratégias de aumento gradual da intensidade do treino ao longo de quatro semanas, que demonstraram reduzir a incidência de lesões em até 21%; condicionamento da cadeia cinética, focando na estabilidade do core e no treinamento excêntrico do manguito rotador, capaz de diminuir lesões por uso excessivo em 26% e preservar a mobilidade do ombro; e, por fim, ajustes na técnica e no equipamento, como a personalização do tamanho do grip da raquete para reduzir pela metade a epicondilalgia lateral, e modificações no timing do saque para diminuir o torque no ombro. Essas medidas, quando aplicadas em conjunto, podem contribuir significativamente para a saúde e o desempenho dos tenistas de alto rendimento.

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