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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a comunicação social e causa comportamentos repetitivos. A identificação precoce e intervenções baseadas em evidências são cruciais para melhorar o desenvolvimento de crianças com TEA. Uma pesquisa recente explora se características faciais específicas podem auxiliar na identificação de crianças com TEA, abrindo novas avenidas para o diagnóstico e intervenção.

O estudo, publicado no periódico Developmental Neurobiology, investigou se a morfometria facial, ou seja, a medição e análise das formas do rosto, poderia diferenciar crianças com TEA de seus pares com desenvolvimento típico. Quarenta crianças com TEA e 40 crianças com desenvolvimento típico, pareadas por idade e gênero, participaram da pesquisa. Fotografias padronizadas dos rostos foram analisadas utilizando um software específico para identificar pontos de referência antropométricos e medir as distâncias entre eles. Uma análise estatística foi realizada para determinar se havia diferenças significativas nas características faciais entre os dois grupos.

Os resultados preliminares indicaram que, embora a morfologia facial geral não tenha distinguido os grupos de forma significativa, regiões específicas do rosto, como os olhos e os lábios, apresentaram um poder discriminatório considerável. O perfil nasal também demonstrou alguma diferenciação. A melhor separação entre os grupos foi alcançada quando as características faciais gerais foram combinadas com medidas específicas dos órgãos faciais. Esses achados sugerem que características morfométricas faciais podem ser uma ferramenta complementar e não invasiva para auxiliar na identificação de crianças com TEA. No entanto, os autores enfatizam que esses resultados são preliminares e precisam ser validados em estudos maiores e com amostras mais diversas antes que qualquer aplicação clínica ou de rastreamento possa ser considerada.

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