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Pesquisadores investigam o potencial terapêutico de polissacarídeos extraídos da alga marinha Enteromorpha prolifera no contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é uma condição neurodesenvolvimental complexa, caracterizada por dificuldades na comunicação social e padrões de comportamento restritos e repetitivos. A busca por abordagens terapêuticas inovadoras é constante, e estudos recentes têm explorado o papel de compostos naturais no alívio dos sintomas.

O estudo em questão focou nas propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias dos polissacarídeos de Enteromorpha prolifera (PEPs). Análises detalhadas revelaram a composição desses polissacarídeos, identificando monossacarídeos como ramnose, xilose, glicose, ácido glucurônico, galactose e ribose. Além disso, foi confirmada a presença de ligações α-glicosídicas e ácidos urônicos, com um peso molecular predominante de 3.813 kDa. Esses componentes sugerem um potencial mecanismo de ação que poderia beneficiar indivíduos com TEA.

Para investigar o efeito dos PEPs no TEA, os pesquisadores utilizaram um modelo celular in vitro, expondo células neuronais HT22 ao ácido valproico (VPA), uma substância conhecida por induzir características semelhantes às observadas no TEA. Os resultados demonstraram que os PEPs atenuaram significativamente a apoptose (morte celular programada) nessas células. Adicionalmente, análises de Western blot revelaram a modulação de vias de sinalização relacionadas à apoptose e inflamação, como a regulação negativa de HSP90AA1, CASP3 clivada/pro-CASP3, p-NF-κB1/NF-κB1, p-AKT1/AKT e p-mTOR/mTOR, bem como a regulação positiva de IκBα após o tratamento com PEPs. Esses achados sugerem que os PEPs podem exercer efeitos neuroprotetores através da modulação dessas vias, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias para o TEA.

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