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A ativação do sistema imune materno durante a gravidez (MIA, na sigla em inglês) tem sido associada ao desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos apontam que a interleucina-6 (IL-6), uma proteína inflamatória, desempenha um papel crucial nesse processo. Pesquisadores investigaram se inibir a IL-6 poderia ter efeitos terapêuticos em um modelo de MIA induzido em ratos através do antígeno solúvel de taquizoítos do Toxoplasma gondii (STAg).

Os filhotes de ratos com MIA receberam um anticorpo neutralizante da IL-6 ou um controle. Uma semana depois, foram submetidos a testes comportamentais. Os resultados mostraram que os filhotes STAg apresentavam comportamentos relacionados à ansiedade, que foram significativamente reduzidos com a inibição da IL-6. Além disso, a sociabilidade, avaliada através de testes de interação social recíproca, também melhorou parcialmente após o bloqueio da IL-6. Isso sugere que a IL-6 desempenha um papel importante nos déficits de interação social observados em modelos de MIA.

Entretanto, é importante notar que algumas características centrais do TEA, como a dificuldade em demonstrar preferência social e reconhecimento, bem como comportamentos repetitivos, não foram afetadas pela inibição da IL-6. Isso indica que, embora a IL-6 contribua para alguns aspectos do TEA, outros mecanismos estão envolvidos e necessitam de abordagens terapêuticas complementares. Este estudo demonstra que a inibição da IL-6 pode ser uma estratégia promissora para aliviar certos sintomas associados ao TEA, como ansiedade e dificuldades de interação social, mas que estratégias mais abrangentes são necessárias para tratar a complexidade do transtorno.

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