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A bexiga hiperativa refratária, condição que causa urgência urinária e incontinência, impacta significativamente a qualidade de vida de muitas pessoas. Quando os tratamentos convencionais não surtem efeito, duas opções terapêuticas se destacam: a injeção de toxina botulínica A (BoNT-A) e a neuromodulação sacral (SNM). Um estudo recente investigou a eficácia e segurança comparativas dessas abordagens para auxiliar na decisão clínica.

A pesquisa analisou dados de diversos estudos clínicos, totalizando 2645 pacientes, comparando a BoNT-A com placebo e com a SNM. Os resultados indicaram que a BoNT-A promoveu uma redução significativa nos episódios de incontinência urinária de urgência em comparação com o placebo e a SNM. Além disso, a probabilidade de uma redução de 75% ou mais nesses episódios foi maior com a BoNT-A em relação a ambos os grupos. No entanto, a resolução completa da incontinência urinária de urgência foi mais frequente com a SNM.

Embora a BoNT-A demonstre um controle robusto dos sintomas, o estudo ressalta a importância de uma seleção criteriosa de pacientes devido ao seu perfil de segurança. A neuromodulação sacral, por outro lado, surge como uma alternativa viável para aqueles que priorizam um menor número de eventos adversos. É importante destacar que a qualidade de vida relatada pelos pacientes não apresentou diferenças significativas entre os dois tratamentos. Contudo, o risco de infecção do trato urinário foi maior com a utilização da BoNT-A. O estudo conclui enfatizando a necessidade de padronização na avaliação de resultados, análises de custo-efetividade a longo prazo e abordagens de tratamento personalizadas para otimizar o cuidado de pacientes com bexiga hiperativa refratária.

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