Adoçantes Artificiais em Bebidas: O Que Estamos Consumindo?
A crescente preocupação com a saúde e o bem-estar tem levado muitos consumidores a optarem por bebidas com baixo teor de açúcar ou sem adição de açúcar. No entanto, para manter o sabor doce, muitas dessas bebidas utilizam adoçantes artificiais não nutritivos (NASs). Um estudo recente investigou a presença e a quantidade desses adoçantes em diversas bebidas comerciais na Espanha, buscando entender se estamos realmente cientes do que consumimos.
Os adoçantes artificiais, como o aspartame, a sacarina e o acessulfame K, são substâncias amplamente utilizadas na indústria alimentícia como substitutos do açúcar. Embora as agências reguladoras estabeleçam limites de ingestão diária aceitável (IDA) considerados seguros, cresce o debate sobre os potenciais efeitos desses compostos no metabolismo, principalmente em relação ao desequilíbrio da microbiota intestinal. A pesquisa analisou uma variedade de refrigerantes, categorizando-os para determinar a composição e a concentração dos NASs mais utilizados.
Os resultados revelaram que todas as formulações comerciais analisadas continham misturas de diferentes NASs. Embora os níveis estivessem dentro dos limites regulamentados, algumas amostras apresentaram valores próximos aos limites máximos permitidos. Surpreendentemente, a maioria dos refrigerantes continha NASs, mesmo aqueles que não exibiam rótulos como “zero açúcares”, “sem adição de açúcar” ou “baixo teor de calorias”, o que pode induzir o consumidor ao erro. Uma análise estatística preliminar agrupou as bebidas em três categorias distintas, com base na quantidade total de NASs presentes. As diferenças no conteúdo total de NASs foram significativas entre os grupos, com um grupo apresentando níveis duas a quatro vezes maiores que os demais. Esses achados levantam questões importantes sobre a transparência na rotulagem de alimentos e o potencial impacto do consumo de adoçantes artificiais na saúde a longo prazo. É crucial que os consumidores estejam informados sobre os ingredientes presentes em suas bebidas e que a indústria alimentícia adote práticas de rotulagem mais claras e honestas.
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