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Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Psychiatry revelou uma associação significativa entre a camuflagem social e os sintomas de transtornos alimentares em mulheres diagnosticadas com Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL). A pesquisa investigou como o ato de mascarar traços autistas, conhecido como camuflagem social, pode influenciar o desenvolvimento de comportamentos alimentares disfuncionais nesse grupo específico.

O estudo envolveu 110 participantes do sexo feminino, divididas em dois grupos: um grupo com diagnóstico de TPL e outro grupo controle saudável. As participantes foram avaliadas utilizando questionários específicos para medir a camuflagem de traços autistas (CAT-Q), a presença de transtornos alimentares (EDI-2) e a manifestação de traços autistas subclínicos (AdAS Spectrum). Os resultados indicaram que as mulheres com TPL apresentaram pontuações significativamente mais altas em todos os domínios avaliados, sugerindo uma maior tendência à camuflagem social, uma maior presença de traços autistas e uma maior sintomatologia relacionada a transtornos alimentares.

Além disso, a pesquisa identificou correlações significativas entre os escores do CAT-Q e do EDI-2, demonstrando que quanto maior a tendência à camuflagem social, maior a gravidade dos sintomas de transtornos alimentares. A análise revelou que o escore total no CAT-Q e o domínio de compensação do CAT-Q foram preditores significativos do escore total no EDI-2. Essa descoberta sugere que a camuflagem social pode ser um mecanismo transdiagnóstico que liga os traços autistas e a sintomatologia de transtornos alimentares em populações com TPL, abrindo novas perspectivas para o diagnóstico e o desenvolvimento de estratégias de tratamento personalizadas.

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