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A apneia obstrutiva do sono (AOS) em crianças tem sido associada a diversos problemas de saúde, e um estudo recente investigou a relação entre a carga hipóxica – a quantidade de tempo que a criança passa com baixos níveis de oxigênio durante o sono – e o risco cardiovascular. A pesquisa, publicada no JAMA Network Open, analisou dados de crianças com suspeita de AOS para determinar se a carga hipóxica poderia ser um indicador precoce de problemas cardiovasculares.

O estudo revelou que crianças com níveis mais elevados de carga hipóxica tendiam a apresentar pressão arterial diastólica noturna mais alta e uma menor diminuição da pressão arterial durante a noite, um padrão conhecido como “não-dipping”. Esse padrão “não-dipping”, onde a pressão arterial não cai durante o sono como deveria, é um conhecido fator de risco para problemas cardiovasculares em adultos e, agora, parece estar também relacionado à apneia do sono em crianças. Além disso, a análise multivariável confirmou um risco aumentado de padrão “não-dipping” no quartil superior de carga hipóxica, indicando uma forte associação entre a privação de oxigênio noturna e a saúde cardiovascular.

Esses achados sugerem que a medição da carga hipóxica pode ser uma ferramenta útil para identificar crianças com apneia do sono que estão sob maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares no futuro. O estudo destaca a importância do diagnóstico e tratamento precoces da AOS em crianças, visando reduzir a carga hipóxica e, consequentemente, mitigar o risco cardiovascular. Embora sejam necessários mais estudos para confirmar esses resultados, a pesquisa abre caminho para o uso da carga hipóxica como um biomarcador na estratificação de risco e no manejo clínico da AOS pediátrica.

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