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A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica progressiva que afeta o movimento. Um dos desafios para quem vive com Parkinson é a dificuldade em iniciar a marcha, o que pode levar a quedas e perda de independência. Uma pesquisa recente investigou como as alterações nos ajustes posturais antecipatórios (APAs) – movimentos sutis que fazemos antes de dar o primeiro passo – podem ser indicadores importantes da doença e auxiliar na reabilitação.

O estudo, publicado na Acta Neurologica Belgica, analisou diversos trabalhos que examinaram os APAs em pessoas com Parkinson. Os resultados mostraram que indivíduos com DP exibem movimentos menores e mais lentos do centro de pressão (CoP) – o ponto onde o peso do corpo é distribuído nos pés – durante a preparação para a marcha. Além disso, a atividade muscular, especialmente nos músculos da canela (tibialis anterior) e do quadril (abdutores), que são cruciais para um início de marcha seguro, é frequentemente retardada e de menor intensidade.

Essas alterações nos APAs podem ser detectadas mesmo em estágios iniciais da doença e estão relacionadas à gravidade dos sintomas motores e à instabilidade postural. A pesquisa sugere que a análise detalhada da marcha, focando nos APAs, pode complementar as avaliações funcionais tradicionais e ajudar a identificar o risco de quedas. Além disso, essas medidas podem ser valiosas para o desenvolvimento de estratégias de reabilitação personalizadas, como o uso de pistas externas (external cueing) para auxiliar no início da marcha. Embora a levodopa, um medicamento comum para Parkinson, possa melhorar os APAs, ela não os normaliza completamente, reforçando a necessidade de abordagens terapêuticas complementares e protocolos clínicos padronizados para uma avaliação precisa e eficaz.

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